Aquelas amigas eram exímias costureiras .Elas sabiam como ninguém costurar sua relação de amizade.Cerziam pequenos machucados da convivência de tal forma que era impossível desvendar os antigos estragos. E isso elas faziam usando palavras e sentimentos.
Não foi sempre assim . No início elas se diferenciavam pelos “rótulos”que haviam adquirido na instituição onde exerciam suas atividades.
Os nomes eram facilmente substituídos por atributos :MANDONA , DOUTORA,CHEFINHA ,CERTINHA, PEQUENINHA, e outros tantos .Essa praxe de rotularmos as pessoas pelo que aparentam ou até mesmo pelo que possuem é nossa primeira forma de distinção.
O tempo , porém ,agindo com a sabedoria que lhe é peculiar , aproximou-as e enredou-as na colorida trama da amizade.
Por dever de ofício amparavam-se nos serões exigentes, nos devaneios de realizações urdidas em gabinetes aos quais nem tinham acesso ,na ciranda de deveres e solicitações.
Tudo isso foi derrubando os rótulos e tirando os véus que encobriam a humanidade em cada pessoa .
Não por acaso , afinal, tinham sido colocadas à prova em diversos momentos profissionais e pessoais.Fortaleceram o respeito , a admiração e prospectaram o recôndito do interior em cada uma.
E o que encontraram nessa prospecção?
ALMAS AMIGAS.
APÓS UMA DÉCADA DE ENCONTROS MENSAIS ONDE RENOVAM AS MANIFESTAÇÕES DE AFETO ,ELAS SOFISTICARAM SUAS TÉCNICAS DE CERZIR E COSTURAR A VIDA.
E o que as diferencia é que quando alguém pergunta `a outra como ela está , fica esperando a resposta para ouvir atentamente e com um terno olhar.
Haverá maior sinal de consideração?
sexta-feira, 16 de julho de 2010
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